Despesa Pública em I& D
despesa pública em I&D EUA ( fonte: Nature, 3 Março 2005)
A despesa pública em I&D nos Estados Unidos oscilou entre 18$ e 206$ per capita no ano 2000 ( dependendo do estado), i.e., algo entre 13 -160€ per capita. Os fundos vão principalmente para as universidades mais prestigiadas que empregam os melhores cientistas do país - Univ. da Ivy league, Stanford, Univ. da Califórnia. De um modo geral, as 100 instituições mais importantes levam 4/5 dos fundos. Os menos competitivos não conseguem atrair bons investigadores e ficam com as migalhas. Caso dos estados do Texas, Arizona e Florida. A Florida, um dos estados mais populosos dos EUA, com uma economia em franco crescimento, não consegue atrair fundos para I&D, apesar de ter uma das instalações cientifícas mais importantes do país - o Centro espacial Kennedy e um Sr. chamado Bush a gerir o estado. As principais razões apontadas são a fraca preparação cientifíca e matemática dos alunos que chegam à universidade, a falta de capital de risco e apoios para spin offs e o facto das universidades locais não colaborarem entre si preferindo a rivalidade. Um aumento substancial dos fundos dados pelo governo para I&D não é visto pela maior parte dos analistas como uma garantia de sucesso se se continuarem a verificar os problemas referidos.
Tirei algumas ilações deste artigo:
À cabeça que Portugal e a Florida são muito parecidos. Em Portugal aumentar o investimento público em I&D sem atacar os problemas de fundo da investigação não vai funcionar. É necessária melhor preparação dos alunos, apoios à criação de empresas e menos burocracia associada ( e não me venham com histórias sobre o programa prime. Porque este não é minimamente adequado para criação de empresas). O capital de risco escasseia e nas Univ. portuguesas há gente que ainda não percebeu que colaborar só traz vantagens.
Acrescento ainda que:
- nos EUA o investimento do sector privado em I&D excede o investimento estatal, algo que em Portugal não acontece.
- Nos EUA existem muitas instituições públicas que também fazem investigação, desde que esta seja de interesse para o estado - EPA, NASA, NOAA, FDA etc... Em Portugal nenhuma entidade governamental faz investigação (nem têm pessoal qualificado) excepto os escassos laboratórios do estado e estes não fazem investigação de interesse para o estado, apesar dos seus custos serem suportados pelo erário público.
A despesa pública em I&D nos Estados Unidos oscilou entre 18$ e 206$ per capita no ano 2000 ( dependendo do estado), i.e., algo entre 13 -160€ per capita. Os fundos vão principalmente para as universidades mais prestigiadas que empregam os melhores cientistas do país - Univ. da Ivy league, Stanford, Univ. da Califórnia. De um modo geral, as 100 instituições mais importantes levam 4/5 dos fundos. Os menos competitivos não conseguem atrair bons investigadores e ficam com as migalhas. Caso dos estados do Texas, Arizona e Florida. A Florida, um dos estados mais populosos dos EUA, com uma economia em franco crescimento, não consegue atrair fundos para I&D, apesar de ter uma das instalações cientifícas mais importantes do país - o Centro espacial Kennedy e um Sr. chamado Bush a gerir o estado. As principais razões apontadas são a fraca preparação cientifíca e matemática dos alunos que chegam à universidade, a falta de capital de risco e apoios para spin offs e o facto das universidades locais não colaborarem entre si preferindo a rivalidade. Um aumento substancial dos fundos dados pelo governo para I&D não é visto pela maior parte dos analistas como uma garantia de sucesso se se continuarem a verificar os problemas referidos.
Tirei algumas ilações deste artigo:
À cabeça que Portugal e a Florida são muito parecidos. Em Portugal aumentar o investimento público em I&D sem atacar os problemas de fundo da investigação não vai funcionar. É necessária melhor preparação dos alunos, apoios à criação de empresas e menos burocracia associada ( e não me venham com histórias sobre o programa prime. Porque este não é minimamente adequado para criação de empresas). O capital de risco escasseia e nas Univ. portuguesas há gente que ainda não percebeu que colaborar só traz vantagens.
Acrescento ainda que:
- nos EUA o investimento do sector privado em I&D excede o investimento estatal, algo que em Portugal não acontece.
- Nos EUA existem muitas instituições públicas que também fazem investigação, desde que esta seja de interesse para o estado - EPA, NASA, NOAA, FDA etc... Em Portugal nenhuma entidade governamental faz investigação (nem têm pessoal qualificado) excepto os escassos laboratórios do estado e estes não fazem investigação de interesse para o estado, apesar dos seus custos serem suportados pelo erário público.
Labels: Science
0 Comments:
Post a Comment
<< Home