Travel: Eco: Ponte de Lima: Lagoas
Com saudades dos parques naturais norte-americanos, uma das raras coisas que os EUA têm de muito muito bom, decidi aceitar o repto do Sargaçal e alcandorar-me a uma longa caminhada pelo parque das Lagoas de Bertiandos e S. Pedro de Arcos, junto a Ponte de Lima (Minho). Trata-se de uma área de paisagem protegida em torno de 2 lagoas (as que lhe dão o nome) que se situam na margem direita do rio Lima a escassos quilómetros de Ponte de Lima. E porque me dá prazer partilhar algumas fotos convosco.
Há já muito tempo que sei porque é que a gente daquelas bandas vota no Campelo, aquele sr. do Queijo LimianoGate. E cada vez que lá vou tenho mais a certeza que nunca hão-de votar noutro e fazem bem. Ainda não tinha chegado a Ponte de Lima e já havia sinalização para as lagoas colocada em locais adequados. As placas de cor castanha são bem visíveis e dizem apenas "Lagoas".
Há já muito tempo que sei porque é que a gente daquelas bandas vota no Campelo, aquele sr. do Queijo LimianoGate. E cada vez que lá vou tenho mais a certeza que nunca hão-de votar noutro e fazem bem. Ainda não tinha chegado a Ponte de Lima e já havia sinalização para as lagoas colocada em locais adequados. As placas de cor castanha são bem visíveis e dizem apenas "Lagoas".
O acesso é feito passando por cima do Lima e seguindo pela EN202. Quando já estamos muito perto a sinalização passa a ser mais detalhada e surge numas politicamente correctas tabuletas de madeira. Aí a direcção a seguir é a do "centro de interpretação ambiental", onde se podem arranjar mapas com os percursos, encher cantis e alugar BTTs entre outras coisas. Uma nota negativa - o centro de interpretação durante o fim-de-semana só abre às 14h30. Antes dessa hora nada de mapas!
O parque ocupa uma área de 350 ha mais que suficiente para passear à vontade sem encontrar gente a toda a hora. Tem vários percursos e rotas de duração variável bem delimitados- estão todos na página web. Apenas visitei a parte alagadiça- as lagoas e zonas de Paúl- e os bosquetes em volta destas. Nesta altura do ano e devido à seca bastante secos. Suponho que na primavera será ainda mais bonito. A zona das veigas ficou para outra visita.
A fauna inclui bicharada diversa -e.g. lontras, corças, javalis e raposas. O mais interessante que avistei foi um guarda-rios (um pássaro com plumagem azul forte) e vestígios frescos da passagem de um javali numa zona alagadiça.
Os binóculos que levei foram muito úteis para avistar aves (existem postos de observação escondidos que estão assinalados nos mapas). Já a algazarra que os meus acompanhantes fizeram durante todo o tempo foi contraproducente ..... E ter de alancar com a minha "saca de batatas" privada às costas durante vários Km. Que insistia em tirar o chapéu da cabeça a cada passo e em cantar alto e bom som afugentando tudo e todos. Até o Óbelix é mais cuidadoso quando anda na floresta.
Há anos que não via tantas borboletas juntas e tão bonitas. Para acabar em grande só faltou pernoitar e ver pirilampos. A última vez que vi pirilampos ainda era uma criança. Foi uma excitação. Eu e o meu irmão corremos a buscar um boião de Tofina em casa e aprisionámos alguns. Rapidamente descobrimos que são tão fascinantes quanto efémeros.
A flora também é deveras interessante. Há muito que não via turfeiras em Portugal. Como se pode ver abaixo alguma água está carregadinha com húmicos. Provavelmente muito ricos em manganês.
Em terra, o carvalho e o amieiro fazem a festa enquanto que na água os nenúfares salpicam a parte mais funda das lagoas. O marulhante rio Estorãos convida a molhar os pés.
Ao final da tarde ainda foi possível dar um passeio de carro pelo campo e por Ponte de Lima. Passando pela Quinta de Pentieiros. Tem lá dentro uma bela meda com uns bons 5 metros de altura.
E a estrada é tão concorrida como as do Texas rural.
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