MIT(O)
Os últimos desenvolvimentos da novela MIT via Jornal Público (a notícia tout court sem mais comentários):
"Contradições entre Mariano Gago e José Tavares
Colaboração com MIT passou de investimento de 60 milhões a parágrafo vago no Plano Tecnológico
Sócrates respondeu que "o projecto MIT será anunciado quando o Governo achar que deve anunciar". Em entrevista à SIC Notícias, o ministro da Ciência e Tecnologia, Mariano Gago, alegadamente o governante que Tavares recusou identificar, disse que as afirmações do antigo coordenador do Plano Tecnológico são falsas e acusou Tavares de estar a "lançar a confusão no espírito dos portugueses e criar entraves junto da própria concretização deste acordo". O ministro disse ao Jornal de Notícias que o primeiro contacto oficial com o MIT foi há três dias e o semanário Expresso avançou que uma missão oficial se desloca aos EUA no final de Janeiro.
Contudo, o novo coordenador do PT, Carlos Zorrinho, reconheceu, num programa da TSF em colaboração com o Diário Económico que o processo negocial para a instalação do MIT em Portugal "nunca esteve tão avançado". E, em resposta a uma pergunta do PÚBLICO, o departamento de comunicação do MIT diz que aquela instituição "tem estado envolvida há alguns meses em conversas com o Governo de Portugal sobre como é que o MIT pode trabalhar com o Governo português, as universidades e a indústria para promover a inovação e o crescimento económico nesse país". Acrescenta que negociações deste tipo exigem tempo, pelo que as conversações continuam.
Ontem, em declarações à SIC Notícias, José Tavares precisou que o interesse do Governo português numa parceria com o MIT foi comunicado em 28 de Julho de 2005 através de uma carta assinada pelo ministro da Economia e da Inovação. Em 29 de Novembro, o MIT respondeu dando o seu acordo de princípio a uma proposta da UCPT. A carta com o "sim" deveria ser divulgada na cerimónia de apresentação do Plano Tecnológico, mas com a demissão do coordenador da unidade de missão ficou na gaveta.
A proposta da unidade de coordenação
O documento elaborado pela UCPT e que José Tavares garantiu ser do conhecimento do gabinete do primeiro-ministro tinha cinco páginas dedicadas à "parceria internacional para a investigação e desenvolvimento" entre uma instituição internacional de elevado prestígio e Portugal.
O objectivo era criar uma dinâmica de promoção da investigação e desenvolvimento tecnológico orientado por objectivos económicos, proporcionais formação de excelência e facilitar a interacção entre investigadores e professores da "instituição internacional" e os sectores universitário e empresarial do país.
Embora no texto sejam feitas várias referências à "instituição internacional", nos quadros que se seguem ela passa a ser nomeada: é o MIT. Esses quadros dizem respeito a quatro medidas desse programa, que totalizam um investimento de 60 milhões de euros. Só para investigação iriam 50 milhões, repartindo-se os restantes pelo ensino, intercâmbio de alunos e professores e programa de tecnologias de gestão.
A proposta que segundo Tavares foi aprovada pela direcção do MIT previa já uma calendarização, a forma de organização e até os salários dos elementos do conselho de administração. A primeira acção seria a criação de imediato de uma comissão instaladora em Portugal e no MIT. No caso português, a comissão seria constituída pelos professores Paulo Ferreira e José Duarte, pelos ministros da Economia e da Ciência.
Dentro de três meses avançar-se-ia para a formação de um conselho de administração e do conselho consultivo (cujas remunerações o documento também já prevê), assim como para a realização de reuniões entre investigadores e professores do MIT e de universidades e empresas portuguesas. Passados mais três meses seria inaugurado o espaço físico de sede do programa e aberto o concurso para a apresentação de propostas nos domínios do ensino e investigação. Ao fim de 36 meses estaria encerrado o primeiro ciclo do programa e haveria rotação dos representantes das instituições, das empresas e do MIT no conselho consultivo.
O documento prevê que o programa tenha um conselho de administração formado por dois directores (um em Portugal, outro no MIT), e quatro vice-directores executivos. Quanto ao financiamento, "de acordo com as estimativas do MIT que têm como referência os casos da Singapore-MIT Aliiance e do Cambridge-MIT Institute, o financiamento adequado do projecto requer um investimento de 2,4 milhões de euros e por área temática, durante cinco anos". O objectivo, continua o documento, é que 25 por cento do financiamento seja proveniente do Orçamento do Estado, mais 25 por cento de fundos privados e 50 por cento de fundos europeus.
"Contradições entre Mariano Gago e José Tavares
Colaboração com MIT passou de investimento de 60 milhões a parágrafo vago no Plano Tecnológico
A Unidade de Coordenação do Plano Tecnológico (UCTP), num documento a que o PÚBLICO teve acesso, propôs uma "parceria internacional para a investigação e desenvolvimento" com o Massachusetts Institute of Technology (MIT) e contabilizava a colaboração em 60 milhões de euros, divididos por quatro medidas. A UCPT deixou ainda um outro documento com a calendarização desse programa e uma orçamentação mais detalhada. Mas a versão final do Plano Tecnológico (PT) reduz a parceria internacional a um parágrafo, sem qualquer referência ao MIT.
O primeiro coordenador da UCPT, José Tavares, questionou na passada quarta-feira o primeiro-ministro, José Sócrates, sobre a demora da vinda do MIT para Portugal, alegando que um ministro, que se recusou a identificar, estava contra. "O presidente do MIT já disse ao Governo português que está disposto a avançar", afirmou Tavares.Sócrates respondeu que "o projecto MIT será anunciado quando o Governo achar que deve anunciar". Em entrevista à SIC Notícias, o ministro da Ciência e Tecnologia, Mariano Gago, alegadamente o governante que Tavares recusou identificar, disse que as afirmações do antigo coordenador do Plano Tecnológico são falsas e acusou Tavares de estar a "lançar a confusão no espírito dos portugueses e criar entraves junto da própria concretização deste acordo". O ministro disse ao Jornal de Notícias que o primeiro contacto oficial com o MIT foi há três dias e o semanário Expresso avançou que uma missão oficial se desloca aos EUA no final de Janeiro.
Contudo, o novo coordenador do PT, Carlos Zorrinho, reconheceu, num programa da TSF em colaboração com o Diário Económico que o processo negocial para a instalação do MIT em Portugal "nunca esteve tão avançado". E, em resposta a uma pergunta do PÚBLICO, o departamento de comunicação do MIT diz que aquela instituição "tem estado envolvida há alguns meses em conversas com o Governo de Portugal sobre como é que o MIT pode trabalhar com o Governo português, as universidades e a indústria para promover a inovação e o crescimento económico nesse país". Acrescenta que negociações deste tipo exigem tempo, pelo que as conversações continuam.
Ontem, em declarações à SIC Notícias, José Tavares precisou que o interesse do Governo português numa parceria com o MIT foi comunicado em 28 de Julho de 2005 através de uma carta assinada pelo ministro da Economia e da Inovação. Em 29 de Novembro, o MIT respondeu dando o seu acordo de princípio a uma proposta da UCPT. A carta com o "sim" deveria ser divulgada na cerimónia de apresentação do Plano Tecnológico, mas com a demissão do coordenador da unidade de missão ficou na gaveta.
A proposta da unidade de coordenação
O documento elaborado pela UCPT e que José Tavares garantiu ser do conhecimento do gabinete do primeiro-ministro tinha cinco páginas dedicadas à "parceria internacional para a investigação e desenvolvimento" entre uma instituição internacional de elevado prestígio e Portugal.
O objectivo era criar uma dinâmica de promoção da investigação e desenvolvimento tecnológico orientado por objectivos económicos, proporcionais formação de excelência e facilitar a interacção entre investigadores e professores da "instituição internacional" e os sectores universitário e empresarial do país.
Embora no texto sejam feitas várias referências à "instituição internacional", nos quadros que se seguem ela passa a ser nomeada: é o MIT. Esses quadros dizem respeito a quatro medidas desse programa, que totalizam um investimento de 60 milhões de euros. Só para investigação iriam 50 milhões, repartindo-se os restantes pelo ensino, intercâmbio de alunos e professores e programa de tecnologias de gestão.
A proposta que segundo Tavares foi aprovada pela direcção do MIT previa já uma calendarização, a forma de organização e até os salários dos elementos do conselho de administração. A primeira acção seria a criação de imediato de uma comissão instaladora em Portugal e no MIT. No caso português, a comissão seria constituída pelos professores Paulo Ferreira e José Duarte, pelos ministros da Economia e da Ciência.
Dentro de três meses avançar-se-ia para a formação de um conselho de administração e do conselho consultivo (cujas remunerações o documento também já prevê), assim como para a realização de reuniões entre investigadores e professores do MIT e de universidades e empresas portuguesas. Passados mais três meses seria inaugurado o espaço físico de sede do programa e aberto o concurso para a apresentação de propostas nos domínios do ensino e investigação. Ao fim de 36 meses estaria encerrado o primeiro ciclo do programa e haveria rotação dos representantes das instituições, das empresas e do MIT no conselho consultivo.
O documento prevê que o programa tenha um conselho de administração formado por dois directores (um em Portugal, outro no MIT), e quatro vice-directores executivos. Quanto ao financiamento, "de acordo com as estimativas do MIT que têm como referência os casos da Singapore-MIT Aliiance e do Cambridge-MIT Institute, o financiamento adequado do projecto requer um investimento de 2,4 milhões de euros e por área temática, durante cinco anos". O objectivo, continua o documento, é que 25 por cento do financiamento seja proveniente do Orçamento do Estado, mais 25 por cento de fundos privados e 50 por cento de fundos europeus.
A proposta da UCPT foi reduzida a um parágrafo no Plano Tecnológico do Governo: Pretende-se incrementar a colaboração internacional no âmbito da investigação, promovendo o intercâmbio de investigadores, professores e empresas, bem como a troca de experiências no domínio da economia e gestão de tecnologia e inovação."
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