2.25.2008

Literatura Infantil II

Imagem: Mark Lynch, Ilustrador


Este post é uma continuação do post Literatura Infantil I.


Um livro infantil deve reunir as seguintes "qualidades" para poder ser qualificado como bom:

- Deve contar uma boa história. Seja ela realista ou totalmente imaginária deve ser verosímil contendo personagens não uni/bidimensionais com que a criança se possa identificar e uma trama com pés e cabeça. A história deve estar construída de forma inteligente e apelativa para fomentar a curiosidade e estimular a imaginação.
- Deve estar bem escrito. Erros ortográficos, frases às 3 pancadas e enredo sem nexo ou coerência são pecados mortais.
- Não deve fazer concessões. Frequentemente os escritores cometem o erro de usar linguagem abebezada ou evitar palavras "dificeis". As crianças não são mentecaptas e gostam de livros que contenham coisas que para eles são novas. Aprender e descobrir coisas novas é um dos prazeres da leitura infantil. Obviamente que uma escrita à lá Joyce não é adequada mas textos em que não há riqueza de linguagem não fazem bons livros.

-Deve ser empolgante e divertido. Se não fôr não dará prazer a ler nem criará espectativa! Isto não quer dizer que estejam ausentes da obra temas sérios ou dolorosos.

Outras caracteristicas desejáveis:
- Ser inovadora.
- Ensinar coisas.
Estas 2 características não são obrigatórias e estão ausentes em muitos livros infantis famosos.

A existência de discriminação de qualquer tipo (racial, ideologica, religiosa, de género, de extracto social, cultural, ...) torna instantaneamente e a meu ver um livro infantil num monte de papel para reciclar!
Um livro cuja história não resista ao passar do tempo (não intemporal) perde valor como obra de qualidade (caso de vários clássicos do Séc. XIX).


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