9.01.2005

Invasão RFID


rfid tag A identificação por radiofrequência ou RFID (Radio frequency ID) está em franca expansão podendo vir a destronar os populares códigos de barras em menos de uma década.

Já há algum tempo que o RFID era omnipresente mas não demos por isso. A via verde usa rádio frequência, as bibliotecas identificam os livros por rádio frequência, há vários modelos de carros no mercado cuja chave tranca e destranca as portas por rádio frequência, o cão lá de casa é identificado por radiofrequência e agora os hipermercados CONTINENTE decidiram implementar um sistema de pagamento da Fujitsu com base em RFID que torna excedentários os operadores de caixa.

As vantagens do RFID em relação aos códigos de barras são enormes:

- Não é necessário passar as etiquetas directamente por um leitor, a leitura pode ser feita à distância com a etiqueta em qualquer posição (as ondas de rádio passam através de líquidos e sólidos e a própria etiqueta tem uma antena incorporada). Isto permite fazer inventários num ápice e dispensa empregados cuja única função é ler códigos de barras num armazém. Melhor ainda, permite detectar objectos em movimentos sem problemas.
-Os chips usados como etiquetas em RFID(tags) quando contém uma bateria incorporada (tags activas) permitem armazenar muito mais informação que os códigos de barras.

A indústria de RFID nos EUA está a ter um boom súbito (cresceu apenas 42,8% este ano) impulsionada pela imposição do uso de RFIDs pela Wal-Mart (o maior retalhista mundial) e pelo DoD (o Ministério da defesa) aos seus fornecedores. Os norte-americanos sabem que não é com conversa que se incentiva o investimento em Inovação e Investigação nas empresas! Isto obrigou a que se optimizassem as tags e a sua produção fazendo com que o seu preço descesse a pique ( de 1 € para 0.01 € por cm2).

Os potenciais usos variam entre o prosaica possibilidade de seguir um produto ao longo de toda a cadeia de consumo, passando pela hipótese de serem colocados RFIDs em documentos de identificação, até ao visionário frigorifico que lê as tags dos produtos que contém e nos avisa se estiverem fora do prazo de validade.
Várias aplicações incomuns têm sido testadas, como a da discoteca em Barcelona que colocou tags sob a pele dos clientes VIP para os identificar à entrada e debita-lhes automaticamente o consumo usando RFIDs.

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