Asneiras para crianças I
Nos últimos anos o mercado português foi inundado por livros para crianças. É um nicho de mercado florescente porque os papás dão cada vez mais importância a estas coisas. Infelizmente a maior parte do que existe é francamente má.
Falando apenas dos que se destinam a crianças que ainda não lêem, há um grande ramalhete que tem ora ilustrações horríveis, ora textos desadequados, ora ambas as coisas. Mas o pior são os que têm bom grafismo e textos que à partida parecem adequados. Frequentemente são traduções de edições noutra língua e a editora portuguesa não se preocupou em assegurar uma tradução boa nem em adaptar o livro à realidade portuguesa.
É assim que acabamos por ter livros para 2, 3 anos com nomes para objectos que no original eram uma única palavra curta e fácil de dizer e em português são uma expressão de página inteira estilo otorrinolaringologista que não lembra ao diabo.
Em casa já tenho vários livros de excelente qualidade traduzidos do francês que me mimoseam com páginas dedicadas à neve. Neles pontificam o lárice (noutra versão, mostrando inteira coerência, o larício), o lagópode, a telecabina, a telecadeira, a lebre das neves, os hábitos sociais das marmotas no Inverno e outras coisas rebuscadíssimas que aumentaram a minha cultura geral mas não me parecem relevantes para uma criança portuguesa desta idade.
Recentemente cometi o erro de comprar um livro de uma colecção da qual já tinha 2 que eram bons sem olhar primeiro lá para dentro. Quando se é assim ingénuo, enfia-se um barrete!
Convido-vos pois a enfiar o barrete comigo no post que se segue (em baixo). As imagens são de algumas figuras desse livro depois de digitalizadas. Os comentários são meus.
Falando apenas dos que se destinam a crianças que ainda não lêem, há um grande ramalhete que tem ora ilustrações horríveis, ora textos desadequados, ora ambas as coisas. Mas o pior são os que têm bom grafismo e textos que à partida parecem adequados. Frequentemente são traduções de edições noutra língua e a editora portuguesa não se preocupou em assegurar uma tradução boa nem em adaptar o livro à realidade portuguesa.
É assim que acabamos por ter livros para 2, 3 anos com nomes para objectos que no original eram uma única palavra curta e fácil de dizer e em português são uma expressão de página inteira estilo otorrinolaringologista que não lembra ao diabo.
Em casa já tenho vários livros de excelente qualidade traduzidos do francês que me mimoseam com páginas dedicadas à neve. Neles pontificam o lárice (noutra versão, mostrando inteira coerência, o larício), o lagópode, a telecabina, a telecadeira, a lebre das neves, os hábitos sociais das marmotas no Inverno e outras coisas rebuscadíssimas que aumentaram a minha cultura geral mas não me parecem relevantes para uma criança portuguesa desta idade.
Recentemente cometi o erro de comprar um livro de uma colecção da qual já tinha 2 que eram bons sem olhar primeiro lá para dentro. Quando se é assim ingénuo, enfia-se um barrete!
Convido-vos pois a enfiar o barrete comigo no post que se segue (em baixo). As imagens são de algumas figuras desse livro depois de digitalizadas. Os comentários são meus.
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