LEGO

Os pequenos tijolos para aprendizes de arquitecto nunca sairam de moda. Para quem esteja com falta de criatividade seguem algumas ideias saídas de um "lego idea book" dos anos 70.

Andar de metro

Os primeiros sítios que visito quando viajo em percursos cidadinos são as estações de metro e os cemitérios. Isto ainda antes de ver os "hotspots" da cidade.
Os cemitérios mostram o grau de respeito que uma sociedade tem pelos seus cidadãos. Além disso trazem-me grande paz interior e são o local ideal para ler um livro. Não me incluo no grupo dos adoradores de sítios como o circense Pere Lachaise em Paris. De longe o meu favorito é o Bonaventure em Savannah nos EUA.
As estações de metro também são um local fértil para qualquer sociólogo. A distância entre a fervilhante e antiga rede de metro londrina e a modernaça rede de metro de Bilbao mais para turista ver, é abissal. Em Nova Iorque o metro é funcional e sujo, em Budapeste é frio e profundo, são escadas rolante e mais escadas rolantes até lá abaixo. Como qualquer português que se preze, uma das minhas estações favoritas é a do PARQUE, na rede lisboeta. Glória ao património histórico lusitano e azul céu estrelado, o que mais se pode desejar...
Isto a propósito de um site que mostra a arquitectura e as obras de arte existentes nas redes de metro por esse mundo fora. Fico a saber que as estações de Baku e de Tashkent, onde infelizmente nunca puz os pés, não são diferentes do estilo moscovita. Mas as fotos que mais me fascinam são do cavernoso metro de Estocolmo em que nunca andei não sei porquê. Com 100 estações e obras de arte em cerca de 90, o metro de Estocolmo está bem documentado no site Absence of fear de onde roubei a foto acima.

Nanotecnologias II

Superficie revestida a nanopartículas de óxido de titânio imagem obtida por microscópia electrónica (Univ. Cornell)

Algumas das actuais aplicações de vários tipos de nanomateriais:

Nanoparticulas de óxido de titânio - Este óxido é um composto branco que absorve radiação ultravioleta. Esta a ser usado em cosméticos para protecção solar. Quando se misturavam partículas com tamanhos maiores que nano nos protectores solares, o produto não ficava homógeneo depois de espalhado na pele, o que o tornava ineficiente.

Nanotubos- Tubos construídos com carbono (ou outros átomos) com diamêtro de nanómetros e comprimento à escolha. São mais rijos que o diamante, são tão ou mais mais condutores que o cobre. Estão a ser utilizados na construção de ecrãs planos (tecnologia FED), finos como uma folha de papel. Está em estudo a sua utilização em fuselagem de aviões e na indústria automóvel. São promissores em electrónica e para armazenar combustível em células de combustível.

Pontos quânticos (quantum dots)- São nanocristais semi-condutores que emitem luz de várias cores quando irradiados com luz ultravioleta. Esta particularidade permite localizar células ou tipos de actividade biológica, sendo útil em aplicações biomédicas para diagnóstico e tratamento de doenças. Prevê-se a sua utilização em computação quântica quando esta for possível.

nanotubo

Questões éticas e riscos para a saúde das nanopartículas:
O tamanho das nanopartículas é uma das particularidades que as tornam tão atraentes para desenvolver novos produtos, mas também tem riscos associados. Na medicina o desenvolvimento de novos nanoprodutos tira partido do facto de estas partículas terem um tamanho tão pequeno que podem facilmente atravessar paredes celulares para fazerem diagnósticos ou tratarem doenças atacando directamente as células afectadas. Mas ainda não há forma de impedir a sua entrada sem controlo no corpo humano. Se nanoparticulas entrarem no corpo humano de forma descontrolada as consequências podem ser graves. Os estudo sobre os riscos para a saúde humana são ainda muito escassos dado ser uma área da ciência recente com novos produtos a serem desenvolvidos todos os dias. Pela mesma razão ainda não há legislação específica para defender o ambiente e o Homem dos efeitos das nanopartículas.

Nanotecnologias I

As nanociências e as nanotecnologias são o estudo e desenvolvimento de produtos e técnicas à escala do nanómetro ( 1 nanómetro é um bilião de vezes mais pequeno que o metro, ou seja é igual a 10^-9 m). Trata-se portanto de coisas que ocorrem à escala molecular e atómica entre 1 e 100 nanómetros (Um glóbulo vermelho por exemplo tem cerca de 7000 nanómetros de diamêtro).
As nanotecnologias estão completamente na berra no mundo da ciência e da tecnologia. A razão é simples: são extremamente promissoras em áreas muito importantes para a economia e o bem estar : ciências da vida, computação e electrónica, revestimentos e novos materiais. E são muito promissoras porque quando se trabalha em escalas tão pequenas os materiais apresentam propriedades químicas, electricas, magnéticas e ópticas bastante diferentes das que têm quando manipulados a escalas maiores e macroscópicas.

Até aos anos 80 do século passado ainda era bastante díficil trabalhar a esta escala. Nessa altura foram desenvolvido métodos (Microscópio de força atómica - que não tem nada a ver com os microscópios convencionais) que permitem "observar" superfícies com uma resolução atómica e transportar átomos e moléculas de um lado para outro nessa mesma superfície. Abriram-se assim as portas para o fabrico de nanomateriais em laboratório.

Outra novidade é que a nanotecnologia é claramente pluridisciplinar, com químicos, físicos, engenheiros, biólogos e gente das life sciences a trabalhar nesta área. Industrialmente ainda se produz muito pouca coisa, com a indústria dos revestimentos em vantagem para já. Mas as aplicações na área da electrónica que vão provavelmente permitir fabricar novos chips estão em franco crescimento, tal como os estudos em torno da saúde humana (nanocápsulas com remédios que atacam os malefícios in situ entre outros).

Invasão RFID

A identificação por radiofrequência ou RFID (Radio frequency ID) está em franca expansão podendo vir a destronar os populares códigos de barras em menos de uma década.

Já há algum tempo que o RFID era omnipresente mas não demos por isso. A via verde usa rádio frequência, as bibliotecas identificam os livros por rádio frequência, há vários modelos de carros no mercado cuja chave tranca e destranca as portas por rádio frequência, o cão lá de casa é identificado por radiofrequência e agora os hipermercados CONTINENTE decidiram implementar um sistema de pagamento da Fujitsu com base em RFID que torna excedentários os operadores de caixa.

As vantagens do RFID em relação aos códigos de barras são enormes:

- Não é necessário passar as etiquetas directamente por um leitor, a leitura pode ser feita à distância com a etiqueta em qualquer posição (as ondas de rádio passam através de líquidos e sólidos e a própria etiqueta tem uma antena incorporada). Isto permite fazer inventários num ápice e dispensa empregados cuja única função é ler códigos de barras num armazém. Melhor ainda, permite detectar objectos em movimentos sem problemas.
-Os chips usados como etiquetas em RFID(tags) quando contém uma bateria incorporada (tags activas) permitem armazenar muito mais informação que os códigos de barras.

A indústria de RFID nos EUA está a ter um boom súbito (cresceu apenas 42,8% este ano) impulsionada pela imposição do uso de RFIDs pela Wal-Mart (o maior retalhista mundial) e pelo DoD (o Ministério da defesa) aos seus fornecedores. Os norte-americanos sabem que não é com conversa que se incentiva o investimento em Inovação e Investigação nas empresas! Isto obrigou a que se optimizassem as tags e a sua produção fazendo com que o seu preço descesse a pique ( de 1 € para 0.01 € por cm2).

Os potenciais usos variam entre o prosaica possibilidade de seguir um produto ao longo de toda a cadeia de consumo, passando pela hipótese de serem colocados RFIDs em documentos de identificação, até ao visionário frigorifico que lê as tags dos produtos que contém e nos avisa se estiverem fora do prazo de validade.
Várias aplicações incomuns têm sido testadas, como a da discoteca em Barcelona que colocou tags sob a pele dos clientes VIP para os identificar à entrada e debita-lhes automaticamente o consumo usando RFIDs.

Abrir os olhos

E pronto acabaram-se as férias...

Várias centenas de e-mails ( quanto disto será spam e mexericos electrónicos?).

De volta ao trabalho deparo-me com duas lindas pilhas de papelada. À esquerda com um palmo de altura... legislação para ler até ao fim do mês! À direita com meio palmo relatórios, papers e correspondência vária para despachar até ontem!
Fecho os olhos e massajo as têmporas. Abro os olhos : Que chatice ainda lá estão!

Bem , parece que o figmento vai estar + ou - em estado latente durante este mês. Mas antes disso para hoje já há qualquer coisa...