Sinais

A crença portuguesa de que o que é nacional é inferior ao que vem de fora, aplica-se ao pé da letra no que concerne à deficiente sinalização espalhada pelo país fora, seja ela de trânsito ou outra. Recentemente descobri que a sinalização incompreensível e colocada em locais absurdos não é exclusivo português ( Quando finalmente conseguiamos ter algo exclusivamente português eis que os estrangeiros nos roubam esse direito. Malandros!).

Os refinados exemplos que se seguem são uma selecção aturada de sinalética imaginativa. Considerem-nos uma espécie de recolha etnográfica:

Proibida circulação de samurais e ninjas (?)

Esta coisa passou a ser obrigatória em todos os novos veículos que circulam nos EUA. Trata-se de uma pega em material fosforescente que existe no interior da mala do carro. A pega permite abrir a mala do carro a partir do interior, no caso de uma pessoa lá ficar encerrada. Os gansgters americanos devem estar furiosos...

Sexista Q.B.


Mas alguém é assim tão estúpido??? Só se for um coelho suicida...


E para ir para outro sitio?

Quer virar à direita? - é muito fácil...
( Bem, não chega aos calcanhares da "magic roundabout" que existe no Reino Unido mas está lá perto).

Consumo de Energia em Portugal

O crescimento do consumo de energia eléctrica em Portugal durante a década de 90 foi de 4,5 % ao ano. O valor médio desse crescimento na UE foi 1% ao ano.
A indústria e os transportes foram os sectores que mais aumentaram o seu consumo de energia. Entre 1990 e 1999 os transportes consumiram mais 68% e a indústria mais 85%. O sector doméstico e os serviços também aumentaram o consumo de energia ao longo da década.
No final de 1999, os transportes eram responsáveis por 38% da energia consumida em Portugal, seguidos da Indústria com 32%, do sector doméstico com 13% e dos serviços 9%. O restante era consumido noutras actividades (agricultura, pescas, construção, etc..).

As tendências referidas nos parágrafos anteriores mantêm-se durante o inicio do séc. XXI. Isto significa que se existisse uma política energética decente neste país e se fosse concertada com as politicas ambientais e económicas já se teria investido em transportes menos poluentes e mais económicos e em combustíveis alternativos à gasolina e ao gasóleo. O número de medidas tomadas pelos últimos 3 ou 4 governos sobre este assunto é zero, se excluirmos aumentos de impostos relacionados com os combustíveis. Os incentivos para a aquisição de frotas de veículos que usam combustíveis alternativos são nulos.
Nos restantes países da união europeia o crescimento do consumo deve-se principalmente ao sector dos transportes, tendo estabilizado o consumo nos sectores doméstico e industrial. Isto pode significar que enquanto Portugal desperdiça estes países estão a usar de forma mais racional a energia nestes sectores, através de optimização energética de processos industriais e de planeamento urbano e construção de edifícios com elevada qualidade no sector doméstico. A aposta em actividades de alto valor acrescentado e baixos consumos energéticos em detrimento de indústrias tradicionais também pode ditar estes resultados.

Em Portugal consumiu-se sobretudo petróleo e seus derivados (combustíveis e energia eléctrica produzida a partir do petróleo) responsável por 70% do consumo. O gás natural representava no final da década de 90, 10% do consumo. Sabendo que Portugal não explora qualquer combustível fóssil, isto mostra que estamos completamente dependentes do fornecimento de petróleo externo. Cerca de 80% da energia que consumidos é importada.
A produção energética nacional assenta em energias renováveis com a hidroeléctrica à cabeça, seguida de muito longe pela eólica e pela solar que nem representatividade estatística têm. A ideia de incentivar a produção energética a partir de eólica, solar, aproveitamento de ondas e marés e fontes geotérmicas é inteiramente de louvar e pode ajudar a diminuir a forte dependência energética do país. A adopção de medidas que melhorem o desempenho energético em edifícios, sobretudo grandes superfícies comerciais, que têm custos elevados em climatização, iluminação e refrigeração, também seria útil.

Dados: Eurostat, DGE

Acordo com MIT

Sem pompa nem circunstância e com comunicados na imprensa em pé de página, fica-se a saber que o governo português assinou no sábado o famoso "acordo com o MIT" numa cerimónia que decorreu no CCB.
Não conheço ninguém da comunidade científica que tenha sido convidado a assistir a esta cerimónia, apesar de ter lido num jornal (JN) que empresários, gestores e académicos assistiram ao evento. Não vi filmagens na imprensa. Ter-me-á escapado algum telejornal?
Convenhamos que isto foi um bocado rápido... Em Janeiro o Mariano Gago dizia que os contactos se tinham iniciado nesse mesmo mês. Só demoraram 2 meses a negociar e concretizar uma proposta altamente importante e complexa? Ou o Mariano estava Gago quando disse isto?

O que assinaram ninguém sabe. O conteúdo do acordo não foi divulgado. Não sabemos que montantes, nem que áreas do conhecimento nem que recursos humanos estão envolvidos. Nas declarações feitas apenas foram identificadas com clareza as áreas da energia e transportes, o resto eram declarações abrangentes sobre inovação na indústria e gestão. Também foi citada a criação de um ou mais cursos avançados de gestão a serem ministrados pelo MIT em Portugal. Eis o link para a nota de imprensa do MCTES.

Os comentários do primeiro-ministro pautaram-se pela falta de objectividade:

"Incluir Portugal na economia do conhecimento ao nível mundial".

Terá sido tirado de um livro de frases feitas que resultam sempre bem?
Quanto aos comentários do ministro da ciência - são alarmantes:

"o MIT vai avaliar quais as instituições e tipos de projectos em que se propõe trabalhar no nosso país."
"O investimento, será aquilo que for preciso".

Não percebi bem, mas parece-me que estamos a pagar um serviço ao MIT, serviço esse que não somos nós os clientes que definimos e escolhemos e que quando vier a factura terá o valor que o MIT quiser...

Palavras: D

A letra D pouco fértil em algaraviada na língua lusa apresenta-se:

Na dágaba fala-se dagabá?
Dejejuar de diuturnidades!

Longas: dinamometamorfismo, desincompatibilização, desaportuguesamento, departamentalização, denominacionalismo, decodificabilidade.

Castiças: depressicorne, detetofone, dracontossomo, damequejernítico, deiviril.

Sonoras e rotundas: denigrescibilidade, dafretórias, damascenínico, decussação, declanchabilidade, dessiso.

D3o

O D3o é um material que está a ser usado na roupa interior dos esquiadores Norte-Americanos e Canadianos na prova de Slalom durante as olimpiadas de Inverno. O D3o é um polímero que é sintetizado num molde com a forma da parte do corpo desejada - neste caso protecções de cotovelo e joelho. A principal propriedade é ser um material muito flexível mas que assim que sofre um impacto endurece. A alteração com o impacto dá-se a nível molecular, com mudanças na ligação química. A página da empresa apresenta alguns produtos desenvolvidos e comercializados mas pouca informação científica. Um produto muito interessante é um gorro para desportos de inverno vendido pela Ribcap.

Fonte: new scientist.

Maomé V

Maomé IV

A pedido de várias famílias, esclarece-se que os cartoons foram feitos utilizando o excelente "Strip Generator".

Alterações no Blog

Apesar do mau funcionamento do serviço do Blogger que passa uma tarde inteira a dizer “republish your blog in 10 minutes” lá consegui actualizar com sucesso a barra lateral direita do blog. Hoje ainda farei mais umas alterações se o Blogger deixar.
Assim a playlist passa definitivamente para a barra direita em posição fixa e sai dos posts. A música será mudada de tempos a tempos. Por questões de copyright não estarão disponíveis álbuns completos nem a hipótese de fazer download. Falta ainda ajustar algumas dimensões para que se leia todo o nome das faixas. Dificilmente lá encontrarão música clássica porque ainda não encontrei uma forma de a comprimir que mantenha simultaneamente uma qualidade sonora aceitável e ficheiros de tamanho não exagerado. Avisa-se quem não tem banda larga que é melhor nem tentar ouvir a música! Quanto a isso não posso fazer nada.

As outras novidades da barra direita são as alterações nos links. Fiz uma limpeza a links mortos e introduzi mais alguns blogs interessantes, sobretudo nos itens Música e Artes. E criei três novos itens com vários blogs de grande qualidade listados:

Fotoblogs – Com links que ainda hei-de rever porque não são bem visita habitual minha.
Blogs de Design & Criativos - Com links para blogs sobre design, publicidade e arquitectura.
Iradios – Inaugurado com 4 links bem distintos para música online. A rádio do David Byrne, com uma playlist do próprio. A rádio do Firmgripfletch, que passa música excelente em regime playlist e está alojada num serviço que permite a qualquer um criar e disponibilizar uma playlist pública de borla. Uma rádio universitária portuguesa e a SomaFM, o serviço online que eu mais ouço. A soma FM tem a particularidade de permitir escolher o tipo de música que se quer ouvir e de não incomodar com anúncios.

Maomé III

Maomé II

Maomé

Agora que descobri como posso fazer cartoons sem ter de me preocupar com o meu reduzido talento para fazer rabiscos, habitualmente comparável a um esboço de Siza Vieira cujo resultado final se parece com uma obra de Frank O´Gehry, decidi fazer alguns cartoons. Aí vai o primeiro:

Esclareço desde já que estes cartoons não tem intenção de ofender quem quer que seja, apenas fazer-nos rir de situações ridículas. Para evitar utilização indevida dos cartoons não autorizo a reprodução sem consentimento prévio.

Geradores ASCII

Para recordar os bons velhos tempos da ASCII art, 2 geradores modernaços:

• Ascii-o-matic: com possibilidade de fazer upload de imagens, gera uma imagem usando caracteres a partir de uma imagem real. Em alternativa gera a imagem usando pequenos quadrados. O site também tem outras brincadeiras interessantes como o compositor visual.
  
• Ascii generator: Pega num pequeno texto submetido pelo utilizador e converte-o em ascii art de acordo com vários estilos e opções escolhidas. Abaixo FIGMENTO escrito na versão Ogre sem reflecções nem ajustes.

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Arranha -Céus

Uma listagem de arranha-céus mundiais algo desactualizada pelo menos no que toca a Portugal.
Notem-se as omissões de pelo menos: Torre Vasco da Gama, actualmente o edifício mais alto de Portugal e torre dos Clérigos no Porto.
Os nomes dos países e cidades são links que permitem ver dados sobre os edificios mais altos do mundo. Na página dos diagramas gostei de ver Canary Warf em detalhe.
Se os terroristas descobrem esta webpage...

Em paralelo uma exposição virtual no Moma sobre edifícios altos mima-nos com um mapa mundo interactivo com 25 arranha-céus e uma entusiasmante galeria de imagens para cada um deles.

Noutras bandas documenta-se a megalomania do império soviético com uma mostra virtual de projectos que não saíram do papel e que estiveram projectados para Moscovo nas décadas de 30 a 50. Na imagem o emblemático Dom Sovetov (palácio dos Sovietes).

Autómatos e engenhocas

Autómatos construídos fazendo apenas uso de príncipios básicos de física (roldanas, alavancas, rodas dentadas, manivelas) meia dúzia de serrotes e muita imaginação são ferramentas úteis e didácticas para jovens compreenderem e aplicarem correctamente leis que lhes são ensinadas apenas deforma abstracta.



Autómatos com um design mais elaborado mas baseados nos mesmos príncipios físicos podem ser vistos numa extensa galeria animada no cabaret mecânico. Os autómatos são feitos por 6 artistas, mas os mais bonitos foram todos feitos por um artista colombiano residente no Reino Unido. Também estão à venda, mas já restam poucos exemplares.

David Archer faz autómatos e esculturas recorrendo a vários materiais ( barro, metal, madeira, tecido e vidro) e um sentido de humor algo peculiar.
Cera cera e flying pig são duas empresas que vendem autómatos de papel simples por preços módicos. Keith Newstead é um artista que também vende autómatos de papel.
Tom Lloyd faz autómatos de madeira singelos mas eficazes e divertidos. Ao lado um autómato seu tocando piano.

Completamente diferente é o trabalho de David Roy, em que a representação de seres vivos está ausente. Roy faz uso de formas geométricas e dos principios básicos de física para obter esculturas com movimento e frequentemente recorre também a truques para enganar o olho humano (ilusões ópticas). No seu site podem ser vistas várias versões animadas.

Morte online

Já aqui falei de cemitérios e das razões que os tornam um dos meus locais favoritos para visitar quando estou numa cidade nova.

O Père-Lachaise em Paris está online num site que permite panorâmicas de 360º e lista todas as campas de famosos com fotografia e nota biográfica. A visitar virtualmente!

Ao lado a campa de Heloisa e Abelardo.

O meu cemitério favorito é de longe o Bonaventure em Savannah no EUA.
Para quem nunca o visitou, aparecia em grande destaque num filme de Clint Eastwood - Midnight in the garden of good and evil.
Infelizmente não está online mas deixo-vos uma fotografia.

Formigas Humanas

As cidades mais populosas do mundo (dados de 2005):

1. Tokyo-Yokohama, Japão - 33,200,000
2. Nova Iorque, EUA - 17,800,000
3. São Paulo, Brasil - 17,700,000
4. Seoul-Incheon, Coreia - 17,500,000
5. Cidade do México, México - 17,400,000
6. Osaka-Kobe-Kyoto, Japão - 16,425,000
7. Manila, Philippines - 14,750,000
8. Bombaim, India- 14,350,000
9. Jacarta, Indonesia - 14,250,000
10. Lagos, Nigeria - 13,400,000
11. Calcutá, India - 12,700,000
12. Nova Deli, India - 12,300,000
13. Cairo, Egipto - 12,200,000
14. Los Angeles, EUA- 11,789,000
15. Buenos Aires, Argentina - 11,200,000
16. Rio de Janeiro, Brasil - 10,800,000
17. Moscovo, Russia - 10,500,000
18. Shanghai, China - 10,000,000
19. Karachi, Pakistão - 9,800,000
20. Paris, França - 9,645,000
21. Nagoya, Japão - 9,000,000 (tie)
21. Istanbul, Turquia - 9,000,000 (tie)
23. Pequim, China - 8,614,000
24. Chicago, EUA- 8,308,000
25. Londres, RU- 8,278,000
26. Shenzhen, China - 8,000,000

As cidades mais populosas do mundo em 1950:

1	New York, EUA	12,463,000
2	London, RU	8,860,000
3	Tóquio, Japão	7,000,000
4	Paris, França	5,900,000
5	Shanghai, China	5,406,000
6	Moscovo, Russia	5,100,000
7	Buenos Aires, Argentina	5,000,000
8	Chicago, EUA	4,906,000
9	Ruhr, Alemanha	4,900,000
10	Calcutá, India	4,800,000

Os países mais populosos do Mundo ( 2005):

1. China - 1,306,313,812
2. India - 1,080,264,388
3. EUA - 295,734,134
4. Indonésia - 241,973,879
5. Brasil - 186,112,794
6. Pakistão - 162,419,946
7. Bangladesh - 144,319,628
8. Russia - 143,420,309
9. Nigeria - 128,765,768
10. Japão - 127,417,244

referências:

geografia.com

Mapas

Caminhos europeus pedestres. Para passeios Looongos.



Data de fundação das universidades medievais europeias e mapa. As primeiras foram ciradas no século XII em Paris, Oxford, Montpellier, Bolonha, Salerno e Reggio.
Em Portugal a localização da primeira universidade alternou entre Lisboa e Coimbra tendo começado em Lisboa e tendo-se fixado definitivamente em Coimbra apenas em 1537.



Disponibilidade de água na Europa.



Imagem de satélite de Helsínquia.

Liberdade de Expressão

Todos Diferentes Todos Iguais.

Strange Fruit

Southern trees bear strange fruit,
Blood on the leaves and blood at the root,
Black bodies swinging in the southern breeze,
Strange fruit hanging from the poplar trees.

Pastoral scene of the gallant south,
The bulging eyes and the twisted mouth,
Scent of magnolias, sweet and fresh,
Then the sudden smell of burning flesh.

Here is fruit for the crows to pluck,
For the rain to gather, for the wind to suck,
For the sun to rot, for the trees to drop,
Here is a strange and bitter crop.

Este post é mais actual do que parece. A incitação da violência em massas de gente ignorante por parte de meia-dúzia de agitadores tendo como consequência crimes hediondos e irracionais não é uma coisa do século passado. Onde ontem se enforcavam pessoas por causa da côr da pele, hoje queimam-se embaixadas por causa de um desenho.

Fotografias do coleccionador James Allen publicada no livro "Without sanctuary" sobre linchamentos nos EUA. O site Without Sanctuary contém uma vasta galeria de provas documentais recolhidas por Allen sobre este tema. Aviso: as fotografias do site podem ferir sensibilidades.

Strange Fruit é um poema de 1939 inspirado num linchamento e imortalizado pela voz de Billie Holiday. Durante anos várias rádios e salas de espectáculo dos EUA sobretudo no sul, recusaram-se a emitir/deixar que fosse cantada.

Descubra a Penicilina

Torne-se na mulher a dias do laboratório e ajude Fleming a descobrir e isolar a penicilina.
Se conseguir acabar divirta-se a fazer cópias de DNA, a brincar com a tuberculose e a fazer um electrocardiograma e uma RMN a um fulano.

Tudo com o aval do comité Nobel!

Palavras: C

A canalhocracia canhenha arrasta a carcaça de cansaço no caramanchão.
O cacareco de cacaracá do cacauicultor camerlengo é uma caganificância.
Dançar o chachachá é uma chachada de chacha.
A Chacona obriga a Chacoalhar.


Produtoras de gafanhotos: cafifice, cessão, cessação, chafalho, chichorrobio, cicioso, circunsessão.

Espriguiçadoras de Línguas: cacofonofóbico, cariaciabilidade, canhonhar, calimiconídeo, cacominalidade.

diferentes ou iguais? : Caçapo e cácapo. Cerviz e cérvix. Cessável e cessível. Chanca e Chança. Choca e choça. circunfundir e circunduzir. Corote, cocuruto e cocoruto. Compulsão e compunção

Estranhas: Chãmente, chaneza, chiuaua, chuchureado, circunvoar, coartar e coato, coclear, cocoricar, conímetro.

Longaas: Circunavegabilidade, compartimentalização, comprovincianidade, contrabalanceamento.

Sanitários

Urinóis no MIT:

Interregno